Bati um papo com o querido dj Demian de Brusque, que vem fazendo um trabalho lindo e muito valorizado tocando com vinis nos eventos, o que é uma atração admirável e com grande aceitação do público.
Desde quando voce começou a colecionar vinis?
Estou em contato com os vinis desde o meu nascimento em 1976. Meu pai é amante da música e tinha muitos discos em casa. Pode-se dizer que coleciono desde o meu primeiro LP, que comprei na extinta e saudosa loja HM (Hermes Macedo) aos 9 anos de idade. Roling Stones – Exile on main street foi meu primeiro disco e está na minha coleção até hoje.
Quantos vinis voce tem na sua coleção?
Cheguei a ter quase 6000 LPs. Atualmente possuo por volta 3200 discos na coleção.
Qual é o mais antigo e o mais atual?
Tenho discos do começo do século XIX. Aqueles de 10 polegadas que tocam em 78 rotações, chamados popularmente de discos de carvão. Uso uma Grafonola para reproduzi-los.
Continuo comprando discos com frequência e tenho prensagens de Lps que saíram neste ano de 2018.
Qual é seu gosto musical?
Por influência do meu pai, comecei ouvindo o rock dos anos 60/70, como Pink Floyd, Rolling Stones , Neil Young e afins. Porém, tudo mudou com a chegada de bandas como, The Clash, Ramones e posteriormente o rap com Beastie Boys, Public Enemy e Rum DMC. Vivi intensamente a fase Grunge, do Nirvana, Pearl Jam, Soundgarden cia. Raimundos, Chico Science e Planet Hemp, surgiram no auge da juventude. Hoje não classifico a música por gênero musical e sim por música boa e música ruim, sempre levando em conta o gosto pessoal. Rock, blues, jazz, mpb, bossa nova, reggae, rap, música clássica, eletrônica, samba, etc. Sou muito eclético e amplo no gosto musical e minha coleção de vinis representa bem isso.
Estou sempre procurando e pesquisando novos artistas, gosto de ir em busca do que ainda não conheço.
Voce tambem é dj?
Sim. Trabalho com produção de eventos há algum tempo e a discotecagem vinha em segundo plano, mais como um hobby. Porém neste ano de 2018, assumi a profissão de DJ. Amo música e poder toca-las para as pessoas é muito bom. Meu som é 100% analógico, utilizo somente discos de vinil. Eles são minha maior paixão no mundo do colecionismo. Isso acabou virando um diferencial, haja visto que não é tão comum ver um Dj tocando apenas com vinil.
Voce se apresenta em festas?
Sim, me apresento. Meu foco está na música ambiente e direciono meu trabalho neste caminho, porém, às vezes toco na balada.
Atualmente onde voce se apresenta?
Me apresento regularmente no Tsuru’s Izakaya, Casarão Garibalde, e Café Gourmet, estabelecimentos que ficam em Brusque, cidade onde resido. Toco mensalmente na Cervejaria Gurman, na cidade de Guabiruba e também tenho discotecado com frequência em eventos corporativos e particulares.
Como é a aceitação do público?
Está sendo muito positiva e interativa. O disco de vinil andou sumido por um tempo, no presente momento está em evidência novamente. A cultura do vinil nunca deixou de existir. Porém, agora com a exposição na mídia, toda uma nova geração passou à conhece-los. As pessoas contemporâneas da época em que disco de vinil era popular, veem com carinho e nostalgia. Os mais jovens têm total interesse quando olham ao vivo pela primeira vez, porque estão conhecendo algo realmente novo, haja visto que não viveram aquela época.
De todos os vinis que voce coleciona, qual é a maior preciosidade?
Possuo alguns especiais, como, o box comemorativo dos 30 anos da gravadora Def Jam, uma edição limitada, com certeza uma das poucas que estão no Brasil. O último show do Bob Marley gravado ao vivo e na íntegra que vem com um lindo álbum de fotos e uma capa bem legal. Tenho alguns discos que são bem valiosos no mercado mas, no meu caso o valor sentimental vem antes disso.
Não tenho como enunciar um único disco como sendo a maior preciosidade. Os discos carregam consigo muita energia e muitos momentos. A música escreve histórias e traz memórias, sendo assim, considero todos os discos preciosos, inclusive os que ainda não possuo.
Como voce vê a musica atual, que está tocando no mercado?
O mercado da indústria fonográfica vem adaptando-se ao longo dos últimos anos. Com o estabelecimento da era digital, os meios para obter receita/lucro mudaram. Não entro no mérito da questão musical enquanto estilo. Esse movimento é cíclico e estará em comunhão com a onda POP do momento. O Mainstream sempre ditará o que será popular. Eu, particularmente, respeito todos os estilos musicais e procuro ficar atualizado. O que não significa que escuto todos os sons na minha vida particular. Penso que somos livres para ouvir a música que quisermos e as escolhas musicais sempre estão acompanhadas de um momento, uma lembrança ou um estado se espírito. O que vejo é que a música pop de hoje tem um apelo visual muito grande, mega produções e todo um aparato tecnológico, que faz com que os artistas do Mainstream tenham alcance Global.
PARABENS PELA DEDICAÇÃO, SUCESSO !!!!!!!!!!
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