Além de uma necessidade básica, um item que agrega estilo e sofisticação a qualquer look !!!
“Em tempos de produção responsável de moda, porque não um EPI não pode ser revestido de glamour e se transformar em acessório de moda e item de desejo de toda mulher?”. Silvana Schatt, estilista.
Moda e atualidade sempre caminharam juntas e, em 2020, não é diferente. A máscara cirúrgica, que passou a ser um item de primeira necessidade com a pandemia do novo coronavírus [Covid-19], desponta agora como um acessório que pode ser adaptado ao estilo de cada um e coordenado com as roupas e demais acessórios. Sem, é claro, deixar de exercer seu principal papel: a proteção.
Mesmo antes de o coronavírus ter sido noticiado em dezembro de 2019, estilistas de vanguarda já tinham incluído o novo acessório nas suas coleções. No entanto, eram máscaras antipoluição usadas principalmente nos países asiáticos e que no final do ano passado invadiram passarelas em Milão, Tóquio, Paris. Agora elas são usadas em todos os cantos do planeta como uma das principais ferramentas para prevenção ao contágio pelo nocivo vírus. É a moda sendo executada de forma responsável, tanto na produção e mão de obra, quanto na abordagem de políticas sociais e de saúde.
Hoje encontramos inúmeros modelos de máscaras no mercado e nas ruas. São geralmente confeccionadas em tecidos de algodão estampados nas mais variadas formas e estilos. No entanto, a estilista Silvana Schatt vai além e traz máscaras totalmente diferenciadas. São modelos confeccionados em seda pura, tafetá, chiffon e outros tecidos nobres, em composições que levam rendas, bordados, cristais e lantejoulas, que podem ser usadas em looks dos mais formais aos mais despojados. Ou seja, verdadeiros itens de desejo.
“Lisa, estampada, em algodão, cetim ou paetês, a máscara é uma necessidade. E porque não transformá-la numa extensão do corpo e usá-la como um acessório que expresse a identidade de cada um?”, indaga a estilista. Afinal, sugere Silvana, se é para se proteger, que seja com estilo. Até porque, em sua opinião, seguramente as máscaras já se tornaram um acessório do universo da moda. “Principalmente porque segundo especialistas, elas deverão ser usadas até que uma vacina seja desenvolvida. E analisando o cenário histórico atual, certamente a máscara fará parte da vestimenta na vida cotidiana, podendo, inclusive, ser transformada no ponto principal do look”, acrescenta.
O tecido ideal
Novas pesquisas sugerem que máscaras caseiras que combinam algodão com seda natural ou chiffon, oferecem a melhor proteção contra partículas de aerossóis portadoras do vírus, segundo a American Chemical Society Publications divulgou na última semana de maio. Para ver quais materiais filtram melhor as pequenas partículas transportadas pelo ar chamadas aerossóis [ou microgotas], os cientistas montaram experimentos controlados em laboratório para reproduzir as taxas de fluxo de ar semelhantes às taxas respiratórias durante a inalação em repouso.
A combinação de um tecido de algodão e duas camadas de chiffon [tecido usado para fazer vestidos de festa] filtrava entre 80% e 99% das partículas de aerossol, dependendo do tamanho. Filtros usando algodão combinado com seda natural ou flanela produziram resultados igualmente impressionantes. Os pesquisadores acreditam que a combinação de algodão com chiffon ou seda fornece uma filtragem física e eletrostática, o que pode explicar os resultados impressionantes.
Fotografo: Marcos Malechi
Looks: Ana Vargas
Máscaras: Silvana Schatt/coleção luxo
Modelos: Bruna e Letícia
Make/hair: Heaven Salão e Cafeteria