Agnes Cardoso é cantora itajaiense e serve à Liturgia, por meio da música, a cerca de 15 anos. Neste tempo, vem estudando e buscando entender mais e melhor o culto e o que seria mais apropriado para o Santo Sacrifício, incluindo cantos em Latim, além dos em língua vernácula. Na paróquia Santíssimo Sacramento entre outras da região, podemos conferir o trabalho da cantora que também participa, do coro Anima, acompanhada do seu marido Petter Martins, organista.
A Santa Missa é a renovação do sacrifício de Cristo oferecido na Cruz, o qual, por sua vez, foi antecipado na Última Ceia. Ceia, Cruz e Missa são uma só realidade substancial.
Conversei com ela, porque me emocionei muito com sua voz e apresentação.
O que ocorreu no Calvário, ocorre na Missa: Cristo se oferecendo por nós. Todavia, a Missa, como a Última Ceia, se distingue da Cruz quanto ao modo de oferecimento: na Cruz, o sacrifício foi cruento, enquanto na Missa é incruento.
Cantar NA Missa é executar cantos que acompanhem as funções sacras, como a Entrada, o Ofertório, a Comunhão. Tem a ver com a Missa rezada, quando acompanhada de cantos.
Já cantar A Missa é dizer as partes audíveis que o padre e o povo normalmente falam, só que cantando, não rezando. Tem a ver com a Missa cantada, embora se possa cantar trechos na Missa rezada.
“A tradição musical da Igreja é um tesouro de inestimável valor, que excede todas as outras expressões de arte, sobretudo porque o canto sagrado, intimamente unido com o texto, constitui parte necessária ou integrante da Liturgia solene” (N 112). A Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium sobre a Sagrada Liturgia, dedica seu capítulo VI à Música Sacra, destacando sua importância para a Liturgia, a necessidade da promoção da música sacra, sua adaptação às diferentes culturas , as normas para os compositores.
Ao falar sobre os instrumentos sagrados, destaca no número 120: “Tenha-se em grande apreço na Igreja latina o órgão de tubos, instrumento musical tradicional e cujo som é capaz de dar às cerimónias do culto um esplendor extraordinário e elevar poderosamente o espírito para Deus.”
O Latim, sendo a língua oficial da igreja, jamais foi abolido da liturgia católica, mesmo com a reforma litúrgica feita em 1969. Infelizmente, todavia, caiu em desuso em praticamente todo o mundo. Bento XVI, quando Papa, constatando o estado das coisas trabalhou para restaurar um maior uso do latim entre os católicos, inclusive fundando a Pontifícia Academia de Latinidade.
O Latim favorece nossa vida espiritual, pois ele favorece a caridade, favorece a reverência e o temor devido a Deus, aumenta a eficácia de nossas orações e nos inclina à mortificação. O Latim favorece também a vida da Igreja dando segurança doutrinária, fomentando a unidade e a catolicidade. Por isso a Missa e os cantos podem ser em Latim.
Agnes tambem apresenta a música sacra em portugues.
Gratidão ao querido Padre Eder Celva, que permitiu a gravação, ele que está realizando um lindo trabalho frente à Paróquia.
Fontes:
www.salvemaliturgia.com
www.vaticannews.va