“ As ruas de Concórdia, um passeio pela história!” Exposição do arquiteto Rudi Scaranto Dazzi.

O arquiteto Rudi Scaranto Dazzi,  que reside em Balneário Camboriú, está realizando uma linda exposição na sua cidade natal,  Concórdia, meio oeste de Santa Catarina.

  

Caminhar por Concórdia através das aquarelas que retratam o seu passado, em casas, ruas, praças e paisagens lúdicas, cheias de história, nos faz reencontrar bons tempos de uma cidade que aos poucos foi sendo construída pelos seus valorosos colonizadores.

Resgatar essas memórias através de fotos e posteriormente aquarelar trazendo novamente as cores de um tempo que não volta mais é importante para mantermos a memória viva para que no futuro, as pessoas se reencontrem com sua história. Meu foco sempre foi a Arquitetura e a Paisagem Urbana, muito em decorrência da minha formação, a Arquitetura, que já me permitiu ilustrar outros livros e resgatar essas memórias arquitetônicas não só da minha cidade natal Concórdia.

A arquitetura juntamente com a fotografia e a aquarela, permitem eternizar momentos, momentos estes, que muitas vezes trazem sons, cores, cheiros, alegrias ou tristezas, mas emoções que nos fazem sentir vivos neste espaço tempo que vivemos ou que nossos antepassados viveram e carregamos conosco em nossos corações. Como diz Lady Biezus (1999, p.19) “ a imagem é infinitamente mais rica e também mais terapêutica que o discurso.” Desta forma as imagens vão surgindo no branco do papel como gotas de emoção em uma carta de amor.

Essas ruas que mudaram seus pavimentos, primeiramente carroçáveis com terra batida e muito pó, e aos poucos foram se transformando em blocos de paralelepípedos, com casas de madeira e inclinações dos telhados a espera da chuva e neve, protegendo seus primeiros moradores. Depois essas artérias de pedra e suor foram sendo asfaltadas e as casinhas delicadas mas fortes, sendo substituídas por alvenaria de tijolos, e hoje por verticais construções buscando o céu entre os morros e vales que conformam a cidade. A paisagem aos poucos foi mudando e o verde dos morros substituído por construções que se acomodam na topografia ondulada, ruas serpenteando essas colinas e que hoje com a verticalização acabam ofuscados, mas não menos belos que outrora.

 

A cidade não deve ser congelada, precisa se reinventar, mas nunca esquecendo seu passado e suas bucólicas construções que deram o impulso para que neste vale surgisse a terra nova dos imigrantes valorosos que ali se fixaram. Serpenteado a cidade, o rio dos Queimados, que hoje pouco vemos, a não ser em momentos de chuva, devido a sua estreita canalização que definiu um traçado urbano e que aos poucos foi se modificando, este mesmo rio que trouxe a água para beber, as vezes com sua água inunda suas ruas.

Concórdia sempre está na memória das pessoas e revivê-las nessas manchas, traços e cores, portadora de uma nostalgia, uma vontade de mergulhar e retornar no tempo nos faz olhar para a cidade de ontem e hoje, nos fazendo entender a sua vocação acolhedora e conciliadora que faz parte do seu nome.

“Concórdia.

Concorda.

O vizinho. O irmão. A América do Sul

O mais distante morador da terra.”

Lindolf Bell

Concórdia, o templo Romano em Agrigento Itália , Concórdia  do Rio dos Queimados, Concórdia da memória e histórias que nos encanta.

Arquiteto Rudi Scaranto Dazzi MSc.

https://www.instagram.com/rudiscarantodazzi/

https://www.facebook.com/rudi.scarantodazzi

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